· Lanterna:
Conhecida
como farolete, é uma lanterna antiga americana, também conhecida
como Chestlite, fabricada pela Universal
Flashlight Co. Washington DC.
Foi utilizada tanto antes da Segunda Guerra mundial quanto durante a
Segunda Guerra.
Funcionava
com pilhas grandes. Este modelo em exposição se encontra com as
alças de lona originais.
· Coturno:
Feitos de acordo com os cadernos de encargos do Serviço de Intendência da Força Expedicionária Brasileira: couro marrom do avesso, reforço na biqueira, cinco ilhós, costuras paralelas de quatro pontos, cano em couro marrom e sólidas ferragens de latão.
· Binóculo:
Binóculo alemão do contrato romeno (provavelmente Hensoldt). Lente direita com retículos graduados, o que indica item de uso na Artilharia.
· Gorro de pano:
Gorro de lã, feito para aquecer a cabeça dos pracinhas da FEB durante o inverno italiano na Segunda Guerra Mundial.
O gorro era utilizado debaixo dos capacetes, cobria toda a cabeça e a lateral do rosto, aquecendo os ouvidos, bochecha, alguns cobriam até o pescoço.
· Cantil:
Cantil norte americano de aço com o copo embutido no cantil e o estojo de lona para prender ao cinto "NA" e se adequar aos padrões norte americano.
Este cantil pertenceu ao Tenente médico Sebastião Foncer .
· Caixa de primeiros socorros:
A função dos primeiros socorros era estabilizar e preparar os feridos para serem levados aos hospitais de campo e centros médicos na retaguarda. O trabalho mais trágico era a seleção dos feridos: em certas ocasiões, eles tinham que deixar de lado alguém muito ferido e dar prioridade a outros que tivessem mais chances de sobreviver.
A única boa notícia é que matar um médico de combate em ação era (e ainda é) considerado um crime de guerra. Se identificados, médicos, auxiliares, enfermeiras, carregadores de padiola ou quaisquer envolvidos em atividade médica são considerados não combatentes.
· Kit de barbear:
Porta higiene pessoal de militares, usado na Batalha da FEB na Itália, contendo barbeador, algodão e espuma de barbear.
· Capa da revista “O Cruzeiro”:
Estudo histórico-social que objetivou analisar as iniciativas de incorporação oficial de enfermeiras brasileiras no campo militar durante a primeira metade do século XX e discutir as implicações da incorporação oficial de enfermeiras brasileiras no Serviço Militar, no bojo da Segunda Guerra Mundial. As fontes primárias foram documentos escritos e iconográficos. Os dados foram classificados, contextualizados e analisados por meio do método histórico, e tratados à luz da Teoria do Mundo Social de Pierre Bourdieu e de estudos sobre Minha História das Mulheres, de Michelle Perrot. Os resultados evidenciaram que as iniciativas de incorporação oficial de mulheres enfermeiras em instituições militarizadas no Brasil foram definidas pelos efeitos simbólicos da dominação masculina, que ditaram os limites e possibilidades destas enfermeiras na ocupação de posições de poder e prestígio nas Forças Armadas do país à época. Foi uma história de luta em que se (re) definiu a divisão sexual do trabalho no campo militar.