· Maquete
Monte Castelo:
A Batalha
de Monte Castelo
foi travada ao final da Segunda
Guerra Mundial,
entre as tropas
aliadas e
as forças do Exército
Alemão,
que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália.
Esta batalha marcou a presença da Força
Expedicionária Brasileira (FEB)
no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24
de novembro de 1944 a 21
de fevereiro de 1945,
durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de
baixas brasileiras devido a vários fatores. Quatro dos ataques não
tiveram êxito, por falhas de estratégia.
Em 21 de fevereiro de 1945, a 1a Divisão de Infantaria
Expedicionária FEB enfrentou e venceu o seu maior desafio
operacional que foi a conquista de Monte Castelo. A conquista
brasileira foi o episódio mais emocionante e afirmativo da
capacidade de combate do brasileiro e de sua maturidade operacional.
Neste episódio se destacou, entre outros bravos, o Tenente de
Infantaria Cecil Wall Barbosa de Carvalho, que passaria a maior parte
de sua vida em Resende, onde foi professor por muitos anos de
Direito, na Academia Militar das Agulhas Negras, Monte Castelo, que
era defendido com unhas e dentes pelo inimigo, foi alvo de cinco
ataques. Os primeiro e o segundo ataques foram executados em 24 e 25
de novembro pela Força Tarefa 45 (Task Force 45) integrada por
brasileiros e americanos. Os ataques não foram bem sucedidos, mas
resultaram na conquista temporária de Monte Belvedere. O terceiro
ataque foi feito pela 1a DIE/FEB um dia após contra ataque alemão
que reconquistou Belvedere dos americanos, fato negativo no ataque
brasileiro que foi flanqueado por Belvedere, ponto onde o inimigo
concentrou o esforço de defesa por ser ele a chave de acesso à rica
planície do rio Pó e realizado com chuva, lama e céu encoberto, do
que resultou mais um justificado insucesso brasileiro. À noite, em
conferência no Passo de Futa - QG do (V Corpo, seu comandante
precipitou-se e colocou em dúvida a capacidade de combate dos
brasileiros e quis saber a razão do insucesso. A resposta do
comandante brasileiro foi dada por escrito. Ele argumentou "que
tropas veteranas americanas também foram obrigadas a recuar de Monte
Belvedere naquela frente, face à forte resistência inimiga; que a
missão atribuída à 1a DIE/FEB de defender numa frente de 20 km e
de atacar numa frente de 2 km era exorbitante para uma Divisão de
Infantaria e que ela não havia, por culpa do governo no Brasil e do
V Exército na Itália, tido o período de treinamento padrão mínimo
previsto para as divisões americanas e que ela estava recebendo
missão de tropa de montanha sem sê-lo". O inverno, iniciado
logo após, obrigou a uma estabilização da frente por 70 longos
dias. Então, os brasileiros vindos de um país tropical, padeceram
rude e rigoroso inverno, com temperaturas variando de -15o a -4°. A
1a DIE/FEB ressurgiu do inverno, o mais rigoroso da disposta e
veterana. Suas ações incluem a Batalha dos Apeninos, que foi muito
cruenta e penosa. Os Apeninos foram acidente capital estratégico
para o inimigo, por impedir o acesso dos aliados à rica planície do
rio Pó. E, depois de conquistados os Apeninos, seriam a vez dos
Alpes, o que significaria a decisão da guerra na Itália. A chave
para a conquista dos Apeninos era a cidade de Bologna. O acesso a
esta era a Estrada Nacional 64, dominada pelas elevações de Monte
Belvedere, Monte Castelo e Castelnuo-vo. Foi nestas elevações que
os alemães de 232a Divisão de Infantaria, ao comando do
experimentado General e Barão Eccart von 5 Gablenz, que comandara o
XXVI Corpo de Exército Alemão na Batalha de Stalingrado,
concentraram seu esforço defensivo, particularmente em Monte
Belvedere, pivo de defesa inimiga nos Apeninos e que possuía
dominância de fogos e vistas sobre Monte Castelo. É importante este
entendimento de que as dificuldades de conquista de Monte Castelo
encontrava-se bem mais no seu flanqueamento por Belvedere, onde o
inimigo concentrou seu esforço defensivo, do que nele próprio e que
para conquistar Atonte Belvedere os americanos usariam uma unidade
especializada, a 10a Divisão de Montanha. Em 21 de fevereiro, há 66
anos, finalmente a 10a de Montanha e a 1 a DIE/FEB atacaram
simultaneamente Della Torracia e Monte Castelo, objetivos que
conquistaram sucessivamente. A conquista brasileira de Monte Castelo
foi o episódio mais
emocionante e afirmativo da capacidade de combate do brasileiro e de
sua maturidade operacional.
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