terça-feira, 9 de junho de 2020

Casa da FEB _ Vitrine 13



·            Maquete Monte Castelo:
Batalha de Monte Castelo  foi travada ao final da Segunda Guerra Mundial, entre as tropas aliadas e as forças do Exército Alemão, que tentavam conter o seu avanço no Norte da Itália. Esta batalha marcou a presença da Força Expedicionária Brasileira (FEB) no conflito. A batalha arrastou-se por três meses, de 24 de novembro de 1944 a 21 de fevereiro de 1945, durante os quais se efetuaram seis ataques, com grande número de baixas brasileiras devido a vários fatores. Quatro dos ataques não tiveram êxito, por falhas de estratégia. Em 21 de fevereiro de 1945, a 1a Divisão de Infantaria Expedicionária FEB enfrentou e venceu o seu maior desafio operacional que foi a conquista de Monte Castelo. A conquista brasileira foi o episódio mais emocionante e afirmativo da capacidade de combate do brasileiro e de sua maturidade operacional. Neste episódio se destacou, entre outros bravos, o Tenente de Infantaria Cecil Wall Barbosa de Carvalho, que passaria a maior parte de sua vida em Resende, onde foi professor por muitos anos de Direito, na Academia Militar das Agulhas Negras, Monte Castelo, que era defendido com unhas e dentes pelo inimigo, foi alvo de cinco ataques. Os primeiro e o segundo ataques foram executados em 24 e 25 de novembro pela Força Tarefa 45 (Task Force 45) integrada por brasileiros e americanos. Os ataques não foram bem sucedidos, mas resultaram na conquista temporária de Monte Belvedere. O terceiro ataque foi feito pela 1a DIE/FEB um dia após contra ataque alemão que reconquistou Belvedere dos americanos, fato negativo no ataque brasileiro que foi flanqueado por Belvedere, ponto onde o inimigo concentrou o esforço de defesa por ser ele a chave de acesso à rica planície do rio Pó e realizado com chuva, lama e céu encoberto, do que resultou mais um justificado insucesso brasileiro. À noite, em conferência no Passo de Futa - QG do (V Corpo, seu comandante precipitou-se e colocou em dúvida a capacidade de combate dos brasileiros e quis saber a razão do insucesso. A resposta do comandante brasileiro foi dada por escrito. Ele argumentou "que tropas veteranas americanas também foram obrigadas a recuar de Monte Belvedere naquela frente, face à forte resistência inimiga; que a missão atribuída à 1a DIE/FEB de defender numa frente de 20 km e de atacar numa frente de 2 km era exorbitante para uma Divisão de Infantaria e que ela não havia, por culpa do governo no Brasil e do V Exército na Itália, tido o período de treinamento padrão mínimo previsto para as divisões americanas e que ela estava recebendo missão de tropa de montanha sem sê-lo". O inverno, iniciado logo após, obrigou a uma estabilização da frente por 70 longos dias. Então, os brasileiros vindos de um país tropical, padeceram rude e rigoroso inverno, com temperaturas variando de -15o a -4°. A 1a DIE/FEB ressurgiu do inverno, o mais rigoroso da disposta e veterana. Suas ações incluem a Batalha dos Apeninos, que foi muito cruenta e penosa. Os Apeninos foram acidente capital estratégico para o inimigo, por impedir o acesso dos aliados à rica planície do rio Pó. E, depois de conquistados os Apeninos, seriam a vez dos Alpes, o que significaria a decisão da guerra na Itália. A chave para a conquista dos Apeninos era a cidade de Bologna. O acesso a esta era a Estrada Nacional 64, dominada pelas elevações de Monte Belvedere, Monte Castelo e Castelnuo-vo. Foi nestas elevações que os alemães de 232a Divisão de Infantaria, ao comando do experimentado General e Barão Eccart von 5 Gablenz, que comandara o XXVI Corpo de Exército Alemão na Batalha de Stalingrado, concentraram seu esforço defensivo, particularmente em Monte Belvedere, pivo de defesa inimiga nos Apeninos e que possuía dominância de fogos e vistas sobre Monte Castelo. É importante este entendimento de que as dificuldades de conquista de Monte Castelo encontrava-se bem mais no seu flanqueamento por Belvedere, onde o inimigo concentrou seu esforço defensivo, do que nele próprio e que para conquistar Atonte Belvedere os americanos usariam uma unidade especializada, a 10a Divisão de Montanha. Em 21 de fevereiro, há 66 anos, finalmente a 10a de Montanha e a 1 a DIE/FEB atacaram simultaneamente Della Torracia e Monte Castelo, objetivos que conquistaram sucessivamente. A conquista brasileira de Monte Castelo foi o episódio mais emocionante e afirmativo da capacidade de combate do brasileiro e de sua maturidade operacional.



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