quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Casa da FEB _ Vitrine 58

 ·          Canhão 57mm M1:


Canhão ATF Modelo M1 é um canhão antitanque de calibre 57 mm. Foi fabricado nos EUA pela empresa ATF Inc em 1945.  Adquirido pelo Exército Brasileiro, foi empregado pela infantaria da Força Expedicionária Brasileira na Campanha da Itália.

Após a guerra, foram transportados para o Brasil que ainda adquiriu outras unidades. Em 1968, foi substituído pelo canhão sem recuo 106 mm M40A1.

No final da primeira metade da década de 1930 o Exercito dos Estados Unidos dispunha como arma de maior calibre metralhadoras .50 (12,7mm) nas unidades de infantaria, embora já houvessem estudos em curso para a adoção de uma arma de maior calibre para emprego contra veículos automotores e carros blindados, este processo ainda era tido como embrionário gerando pouco interesse por parte dos oficiais militares de alta patente. Estudos preliminares apontaram para a analise de peças de artilharia semelhantes já disponíveis no mercado, a decisão recaiu sobre o modelo alemão, modelo no qual seria gerado o conceito do primeiro canhao anti-tanque americano o M3 37 mm em 1938. Esta nova arma recebeu seu batismo de fogo durante a defesa das Filipinas em dezembro de 1941, tendo destacada participação na Campanha de Guadalcanal, onde foi empregado com sucesso contra os carros de combate e a infantaria japonesa se mostrando eficaz contra o padrão de blindagem dos veículos japoneses. A experiencia do modelo na Campanha do Norte da África foi completamente diferente, pois o calibre não era suficiente para fazer frente aos carros de combate Panzer III e IV.  Após a desastrosa Batalha de Kasserine, em fevereiro de 1943, relatos de algumas das unidades envolvidas mencionaram projéteis de 37 mm mal arranhavam os blindados alemães. Inicialmente o  comando do Exército Americano estava incerto se esses relatos refletiam a obsolescência da arma, ou se táticas não-refinadas e falta de experiência eram as culpadas por estes pífios resultados. No final avaliações mais detalhadas levaram a decisão pelo comando do exército sobre sua emergencial substituição.

A solução, no entanto, já havia sido desenvolvida do outro lado do atlântico, pois em 1940 o Exército Real Britânico havia solicitado o desenvolvimento de uma nova arma anti-tanque destinada a substituir os canhões QF 2 Pounder de 40 mm, que primeiramente se mostraram ineficientes em fazer frente as novas blindagens empregadas nos carros de combate da Wermatch. O Woolwich Arsenal foi encarregado do desenvolvimento de uma nova arma, definiu-se o emprego do calibre de 57 mm, a exemplo de outras pelas que haviam sido empregadas pela Marinha Real no final do século 19, o que disponibilizava em estoque todo o ferramental necessário a produção, eliminando assim etapas e reduzindo o prazo de entrega. O projeto do canhão foi concluído em meados de 1940, porém projeto do reboque não foi concluído até 1941, sua produção em série sofreria atrasos em virtude das decorrências da Batalha da França, onde no processo de evacuação grande parte dos equipamentos pesados pertencentes a Força Expedicionária Britânica foram deixados para trás nas praias de Dunquerque durante a Operação Dynamo. As perspectivas de uma invasão alemã criariam prioridades na fabricação em massa de armamentos, entre estes canhões anti-tanque , visando maximizar a produção optou-se pela continuidade da montagem do QF 2 Pounder de 40 mm, evitando assim a adequação das linhas de produção nas fabricas e também o treinamento e aclimatação das tropas. Esta definição adiaria a produção do QF 6 Pounder de 57 mm até o início do mês de novembro de 1941 e sua entrada em serviço até maio de 1942.

 

 

·          Características técnicas:

Tipo: Anti-tanque

Motorização: Tração motorizada

Calibre: 57 mm

Munições: Explosiva H.E. M63 e A H.E. M63

Cadência de tiros: Até 15 tiros por minuto

Elevação: -5 +  15 graus

 


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