· Canhão 57mm M1:
O Canhão ATF Modelo M1 é
um canhão antitanque de calibre 57 mm. Foi fabricado
nos EUA pela empresa ATF Inc em 1945. Adquirido pelo Exército Brasileiro, foi empregado pela infantaria da Força Expedicionária Brasileira na Campanha da Itália.
Após a guerra, foram transportados para o Brasil que ainda adquiriu outras unidades. Em
1968, foi substituído pelo canhão sem recuo 106 mm M40A1.
No final da
primeira metade da década de 1930 o Exercito dos Estados Unidos dispunha como
arma de maior calibre metralhadoras .50 (12,7mm) nas unidades de infantaria,
embora já houvessem estudos em curso para a adoção de uma arma de maior calibre
para emprego contra veículos automotores e carros blindados, este processo
ainda era tido como embrionário gerando pouco interesse por parte dos oficiais
militares de alta patente. Estudos preliminares apontaram para a analise de
peças de artilharia semelhantes já disponíveis no mercado, a decisão recaiu
sobre o modelo alemão, modelo no qual seria gerado o conceito do primeiro
canhao anti-tanque americano o M3 37 mm em 1938. Esta nova arma recebeu seu
batismo de fogo durante a defesa das Filipinas em dezembro de 1941, tendo
destacada participação na Campanha de Guadalcanal, onde foi empregado com
sucesso contra os carros de combate e a infantaria japonesa se mostrando eficaz
contra o padrão de blindagem dos veículos japoneses. A experiencia do modelo na
Campanha do Norte da África foi completamente diferente, pois o calibre não era
suficiente para fazer frente aos carros de combate Panzer III e IV. Após a desastrosa Batalha de Kasserine, em
fevereiro de 1943, relatos de algumas das unidades envolvidas mencionaram
projéteis de 37 mm mal arranhavam os blindados alemães. Inicialmente o comando do Exército Americano estava incerto
se esses relatos refletiam a obsolescência da arma, ou se táticas não-refinadas
e falta de experiência eram as culpadas por estes pífios resultados. No final
avaliações mais detalhadas levaram a decisão pelo comando do exército sobre sua
emergencial substituição.
A solução, no
entanto, já havia sido desenvolvida do outro lado do atlântico, pois em 1940 o
Exército Real Britânico havia solicitado o desenvolvimento de uma nova arma
anti-tanque destinada a substituir os canhões QF 2 Pounder de 40 mm, que
primeiramente se mostraram ineficientes em fazer frente as novas blindagens
empregadas nos carros de combate da Wermatch. O Woolwich Arsenal foi
encarregado do desenvolvimento de uma nova arma, definiu-se o emprego do
calibre de 57 mm, a exemplo de outras pelas que haviam sido empregadas pela
Marinha Real no final do século 19, o que disponibilizava em estoque todo o
ferramental necessário a produção, eliminando assim etapas e reduzindo o prazo
de entrega. O projeto do canhão foi concluído em meados de 1940, porém projeto
do reboque não foi concluído até 1941, sua produção em série sofreria atrasos
em virtude das decorrências da Batalha da França, onde no processo de evacuação
grande parte dos equipamentos pesados pertencentes a Força Expedicionária
Britânica foram deixados para trás nas praias de Dunquerque durante a Operação
Dynamo. As perspectivas de uma invasão alemã criariam prioridades na fabricação
em massa de armamentos, entre estes canhões anti-tanque , visando maximizar a
produção optou-se pela continuidade da montagem do QF 2 Pounder de 40 mm,
evitando assim a adequação das linhas de produção nas fabricas e também o
treinamento e aclimatação das tropas. Esta definição adiaria a produção do QF 6
Pounder de 57 mm até o início do mês de novembro de 1941 e sua entrada em
serviço até maio de 1942.
· Características técnicas:
Tipo: Anti-tanque
Motorização: Tração motorizada
Calibre: 57 mm
Munições: Explosiva H.E. M63 e A H.E. M63
Cadência de tiros: Até 15 tiros por minuto
Elevação: -5 +
15 graus
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