quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Evolução do Armamento_Vitrine 11


Vitrine 11 –GUERRA DA TRÍPLICE ALIANÇA




·         SABRE DE SOLDADO


Esta arma já é resultado do processo de “nacionalização” do Exército, diferindo totalmente dos modelos anteriormente adotados, aproximando-se mais do estilo “francês” (é muito semelhante ao modelo de 1816 daquele país) de armas do que dos modelos ingleses, preferidos pelos portugueses. Estes sabres (havia dois modelos, um de oficial e outro de praça, este conhecido como “sabre reiúno” seguiam basicamente o estilo francês de arma de cavalaria ligeira, com uma guarda formada por barras de seção mais ou menos circular e lâmina ligeiramente curva. Havia dois modelos oficiais dessa arma: o sabre reíuno, distribuído à tropa, e que não tinha nada que o distinguisse, e o segundo modelo que é o de oficial. De linhas semelhantes ao sabre reíuno de 1831, tinha a lâmina decorada com gravações em motivos fitomórficos (plantas), o brasão do império e as inscrições “Pátria e Constituição” de um lado e “Imperador e Nação” do outro - inscrições que são significativas da nova visão da Regência, de se restringir os poderes despóticos do imperador.

·         SABRE BAIONETA



Uma Baioneta (do Francês baïonnette) é uma arma branca - consiste numa espécie de estilete, punhal ou sabre, desenhado para encaixar no bocal de fuzis, mosquetes ou armas similares, fazendo da arma também como uma lança. Baionetas com formato de faca, têm sido utilizadas por soldados no campo de batalhas como complemento de instrumento de corte.

·         SABRE DE OFICIAL


Esta é a arma mais comum em coleções particulares e em museus, sendo uma variação do sabre de 1831 de oficiais. Não foi adotado oficialmente, pelo menos até onde pode-se averiguar, mas já aparece nas estampas de uniformes de 1852. A grande diferença desta arma para o modelo de 1831 (e para as espadas de praça, que continuaram ser as mesmas) era a forma das barras de proteção da guarda. Estas, ao invés de serem roliças, eram achatadas. Permaneceu em uso até o início da República, apenas com a mudança do brasão do Império pelo da República, sendo que há algumas armas do período de transição, com uma estrela no lugar da coroa imperial.

·         REVÓLVER LE FRAUCHEUX

O Lefaucheux M1858 era um revólver militar francês desenvolvido para a Marinha, com câmara para o cartucho de pinheiro de 12 mm e baseado em um projeto de Casimir Lefaucheux. O modelo de 1854 foi o primeiro revólver de cartucho metálico adotado por um governo nacional; o de 1858 foi a primeira variante em campo. Foi emitido pela primeira vez em 1858 pela Marinha Francesa (como o Lefaucheux de Marine mle 1858 ou simplesmente M1858 ) e embora nunca emitido pelo Exército Francês, ele foi usado em números limitados pela cavalaria francesa durante sua implantação em 1862, no México. O 1858 foi posteriormente atualizado no final dos anos 1860 como o Lefaucheux de Marine 1870 . O revólver era um desenho de estrutura aberta de seis tiros, que era carregado por meio de um portão articulado no lado direito do quadro, através do quais, cartuchos vazios também eram ejetados por meio de uma haste ejetora ao longo do barril.

·         CARABINA MINIÉ


Com a Minié, o início do combate de tiro, que antes era restrito a uns 200 metros, passou a ser feito em distâncias muito maiores. Assim, a alça de mira da espingarda brasileira do sistema e de fabricação belga era regulada para 825 metros e, de fato, o atirador tinha chances de atingir um alvo grande (como um batalhão em linha), a uns 500 metros de distância, sem maiores problemas. Num teste de pontaria com as antigas armas lisas sobre um alvo de 1,8 x 3,0 metros, os atiradores – em condições ideais – só conseguiram uma média de 4,5% de acertos a 360 metros. Somente em uma distância menor, 90 metros, é que os disparos passaram a ter um efeito mais razoável: 75% de acertos. Por outro lado as novas armas Minié tinham uma precisão incontestavelmente superior: 95% de acertos a 90 metros e 53% a 360 m., ou seja, cerca de 12 vezes mais acertos nesta última distância do que as armas de cano liso. O Brasil, segundo informações do Ministro da Guerra, já teria empregado um certo número de armas do sistema na campanha contra Rosas, onde foi usada em testes comparativos com a Dreyse e a tige. Sabemos também que havia mosquetões Miniés 17,5 mm e carabinas de calibre 18mm em serviço em 1860, mas não temos muitos dados sobre estes, a não ser que foram comprados em 1855 na Bélgica pelo Dr. Guilherme Schüch de Capanema.

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