segunda-feira, 7 de outubro de 2019

Evolução do Armamento_Vitrine 25


Vitrine 25 – SI VIS PACEM, PARA BELLUM


·             ·           LANÇA ROJÃO:


           Panzerschreck (tradução livre "terror dos tanques" ou "terror dos blindados") era o nome popular para o Raketenpanzerbüchse (abreviado para RPzB), um lançador de foguetes anti-tanque reutilizável calibre 88 milímetros desenvolvido pela Alemanha Nazista na Segunda Guerra Mundial. A partir de 1942, os Estados Unidos começaram a produção em massa da Bazooka, que acabou inspirando os alemães a desenvolverem o Panzerschreck (do alemão: panzer= carro de combate; schreck= terror), que ficou conhecido literalmente como o "terror dos blindados". De fato, não havia veículos blindados aliados que resistissem às suas granadas, que podiam alcançar mais de 180 metros. Porém, não teve um uso muito expressivo, pois apenas começou a ser produzido em massa a partir da segunda metade da guerra. Comprimento 1,55 m e polegada de 2,36. 


·            ·            METRALHADORA INA M950:



            Este é o modelo Madsen 1950, ou M / 50, projetado e construído no Dansk Industri Syndikat em Copenhague, na Dinamarca, mas conhecido mais simplesmente como o Madsen após o fundador da fábrica. O modelo 50 foi introduzido em novembro de 1950 e era uma variação do modelo 46, sendo posteriormente modificado para o modelo 53. Com o compartimento do cartucho de 9 mm x 19 mm, esta submetralhadora possui um compartimento destacável de 32 munições, vem com uma cinta original e apresenta uma alça de armar deslizante e um gatilho em movimento. Também estão incluídas 3 cartuchos de munição inerte de 9 mm com esta metralhadora incomum da era da “guerra fria”.





·            ·        METRALHADORA UIRAPURU:


            A palavra Uirapuru é o nome de um pássaro da Amazônia real e de uma criatura mítica. Na floresta tropical , o pássaro Uirapuru  canta uma vez por ano quando constrói seu ninho. Mesmo assim, apenas de cinco a dez minutos no início da manhã. Não é por acaso, então, que esse nome estranho foi escolhido para um promissor projeto de metralhadora de uso geral de 7,62x51mm (GPMG) que surgiu no Brasil na década de 1970, mas que permaneceria praticamente obscuro desde então. A coisa toda começou a vida como um projeto de pesquisa pura no Exército Brasileiro IME - Instituto Militar de Engenharia, no Rio de Janeiro em novembro de 1969.
Especificações: gatilho solenoide, metralhadora de veículo blindado (disparando de um pedestal), metralhadora (com coronha e dobrável bípode), meio metralhadora (sem estoque, tripé montado), tanque coaxial metralhadora, trabalho totalmente automático, usando uma alavanca de trava e com uma taxa cíclica de fogo de 650-700 tiros por minuto. O cano fino de 600 mm (6 ranhuras, RH, 1: 305 mm, a velocidade do focinho 850 m / s) pode ser rapidamente alterada (aproximadamente 30 segundos) com a ajuda de sua alça de transporte. Integral e inclinada, sendo recomendada após o disparo contínuo de cerca de 400 disparos.





·                ·    MOSQUETÃO 08/34:



Nomenclatura: Carabina Mauser Brasileira M1908/34

           Devido à grande demanda de fuzis para suprir as Forças Armadas Brasileiras durante a primeira metade do século XX, a Fábrica de Itajubá iniciou a fabricação “em casa” dos Mauser mod. 1908 como alternativa às importações que eram geralmente feitas junto à D.W.M. na Alemanha (Deutsche  Waffen und Munitionsfabrik) e da C.Z. (Ceska Sbrojovka), na então Tchecoslováquia, com a utilização de madeiras locais ao invés das nogueiras européias.  Foi então que a partir de 1934, e como forma de minimizar a dependência de importação de armas, a Fábrica de Itajubá decidiu produzir fuzís e carabinas no Brasil, originando assim o chamado modelo 1908/34, uma versão “nacionalizada” e encurtada, nos moldes das carabinas.

Em 1949, após a II Guerra, onde o Brasil participou com a F.E.B. nos campos de batalha da Itália, por influência e acordo militar com o governo norte-americano, o Exército resolveu adotar o calibre .30-06 como regulamentar, embora o 7X57mm continuou ainda, e por muito tempo, presente em algumas unidades do Exército, bem como nos “Tiro de Guerra”. Com essa modificação, a Fábrica de Itajubá começa a produzir uma carabina Mauser, baseada no 08/34 mas em calibre .30-06 Springfield, aqui batizada por Mosquetão (Carabina) Itajubá M1949. Posteriormente, uma segunda série com pequeníssimas mudanças, tais como a boca do cano rosqueada para permitir montagem de lança-granadas e quebra-chamas, foi fabricada em 1954, originando assim o Mosquetão Itajubá M954.

·            Características técnicas:

Fabricante/País: Fábrica de Itajubá (atual Imbel) – Brasil
Marca: Mauser
Espécie: Carabina
Modelo: 1908/34
Calibre: 7 x 57 mm
Tipo: Repetição
Comprimento do cano: 74,2cm




·             ·        MOSQUETÃO 54:


Nomenclatura: Itajubá M954 Mosquetão

         O Itajubá M954 Mosquetão é uma arma de combate produzida pela IMBEL entre 1954 e 1964. A arma é um derivado da carabina alemã Gewehr 43, com o calibre de .30-06. Foram fabricados apenas 300 fuzis.
Em 1949, os engenheiros da fábrica participaram de um projeto de produzir uma cópia do fuzil semi-automático alemão Gewehr 43, um projeto da Carl Walther e que foi usado nos anos finais da II Guerra. Como as patentes alemãs expiraram ao final da guerra, esse fuzil poderia ser copiado sem problema de pagamento de royalties.

         Quando a FEB chegou à Itália, o armamento que seus efetivos receberam era padronizado com o dos norte-americanos, de modo que a arma distribuída aos pracinhas foi o M1903 Springfield, uma versão americana do Mauser em calibre .30-06 (7,62X63 mm). Isso teve conseqüências duradouras: depois da guerra, boa parte do armamento de infantaria disponível para o Exército Brasileiro usava calibres norte-americanos. A BAR, o M1903 SpringfieldM1 Garand e a Browning M1919, foram adotados pelo exército, eram todos em calibre .30-06, já a pistola Colt M1911 e a submetralhadora M1 Thompson usavam calibre .45 ACP. Essa munição passou a ser fabricada no país nos anos 50.

         Em função dessa disponibilidade de armamento norte-americano, no final dos anos 40 houve uma tentativa de tornar o calibre .30-06 padrão das forças militares brasileiras. O resultado foi o Itajubá M1949, uma carabina baseada no M1908/34, porém em calibre .30-06, o M1949 foi distribuído em algumas unidades do exército, porém, o projeto não vingou. Nessa época, já era evidente a tendência mundial para a adoção de armas automáticas e semi-automáticas. O acaso então entrou no jogo – só não se pode dizer se contra ou a favor do Brasil.

Por sinal, o acaso começou a conspirar no segundo semestre de 1945, quando a FEB voltou ao Brasil. Embora a tropa brasileira tenha deixado para trás todo seu equipamento, pôde conservar certa quantidade de armamento alemão e italiano de diversos tipos, várias peças de equipamento de campanha de nossos adversários, os arquivos da FEB e alguns documentos alemães e italianos. O item mais numeroso trazido para o Brasil eram armas portáteis capturadas aos alemães e seus aliados. Não se sabe exatamente quantas vieram, mas calcula-se um número de alguns milhares. Muitos desses itens eram exemplares do que a Wehrmacht tinham de mais moderno, inclusive os submetralhadoras MP40, fuzis automaticos StG44, metralhadoras MG42 (conhecida pelos pracinhas como Lurdinha) e fuzis semi-automaticos Gewehr 43 (tanto o modelo da Mauser quanto o da Walther).

·            Características técnicas:

Fabricante/País: IMBEL – Brasil

Marca: Mauser

Espécie: Carabina

Modelo: 1954

Calibre: .30-06 mm

Tipo: Repetição

Carregador: 10 munições




·             ·        MOSQUETÃO M968:

Nomenclatura: Mosquetão 7,62 M968

O M968, cuja nomenclatura oficial é Mosquetão 7,62mm Modelo 968, indicativo militar MQ 7,62 M968, é um Fuzil utilizado pelo Exército Brasileiro em seus Tiros de Guerra, derivando dos demais mosquetões utilizados antes da adoção do fuzil FN FAL e do calibre 7,62mm NATO.

O MQ M968 originou-se do Mosquetão .30 M949 (calibre .30-06 ou 7,62x63). Em 1967, após dois lotes do FAL, que substituía os mosquetões M949 e M954, serem completados, em números que alcançavam os 30.000 exemplares, a Indústria de Material Bélico do Brasil, em sua fábrica de Itajubá, a fim de reduzir custos e poder padronizar mais rapidamente o calibre utilizado pelo Exército Brasileiro, resolveu modificar cerca de 10.000 mosquetões para o calibre 7.62x51, originando assim o M968.
O cano foi substituído por uma versão idêntica à do FAL e a câmara, adaptada para o novo calibre. O conjunto era um pouco mais leve, tinha o cano mais curto e a alavanca de manejo, recurvada. O MQ M968 possui características semelhantes às do Fuzil 7,62 M964 (FAL).
Não houve necessidade de modificação no ferrolho, caixa e culatra e mecanismo de disparo, uma vez que o culote da munição 7.62x51mm NATO tem exatamente o mesmo diâmetro da munição .30-06 (7.62x63mm). Foi retirada a alça de mira original e a abertura da alça na telha de madeira. Foi desenvolvida uma alça de mira tipo "Peep-Sight", semelhante à do fuzil M1917 Enfield ou mais semelhante do fuzil alemão G3. Foi acrescentada uma massa de mira mais alta e um quebra-chamas, do mesmo modelo do FAL, possibilitando o uso de granadas de bocal.

·            Características técnicas:

Fabricante/País: IMBEL – Brasil

Modelo: 1968

Calibre: 7,62 x 51 mm

Comprimento: 111 cm

Cadência de fogo (útil): 05 tiros por minuto

Cadência de fogo (máx): 15 tiros por minuto

Alcance útil: 600 m

Alcance máximo: 4000 m

Carregador: 05 munições



·            ·        MOSQUETÃO CHUCHU M892:


O mosquetão Chuchu (ou Chuchu) não é uma arma militar, pois foi usada somente pela polícia da Bahia. Contudo, foi à primeira arma de desenho nacional a ser adotada em certos números, foi testada  e bem avaliada pelo Exército, e teria sido usada em combate, pelo 5º Batalhão de Polícia, em Canudos. O projetista da arma foi Athanasio Chuchu, armeiro tradicional em Salvador, mas que patenteou (em 12 de agosto de 1884). Esta já tinha sido testada pelo exército em 19 de fevereiro daquele mesmo ano, com resultados bem satisfatórios: apesar de a arma usar um cartucho de Winchester, conseguiu manter uma cadência de fogo de 17 tiros por minuto em fogo rápido ou de 12 tiros por minuto em fogo apontado, contra um alvo colocado a 200 metros de distância. Na continuação dos testes, a Comissão de Melhoramentos do Material do Exército ordenou que seis carabinas Comblain fossem modificadas, segundo o sistema de Chuchu, o que foi feito e as armas novamente testadas, agora com munição normal, de carabina.


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